Magistrados do TRT5 vão responder a PAD com afastamento das funções

Brasília 24 09 2019 -  297ª Sessão do CNJ.Foto:G.Dettmar/ag.CNJ

Brasília 24 09 2019 – 297ª Sessão do CNJ.Foto:G.Dettmar/ag.CNJ

O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, na tarde desta terça-feira (24/9), instaurar processo administrativo disciplinar (PAD) contra um juiz do trabalho e cinco desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5), para apurar possíveis infrações disciplinares destinadas a beneficiar partes e arrematantes, bem como a atuação irregular na condução de processos e esquema de direcionamento de julgamentos. 

De acordo com o corregedor nacional de Justiça, relator do processo, ministro Humberto Martins, as denúncias que chegaram à corregedoria apontam indícios de que o juiz do Trabalho Thiago Barbosa Ferraz de Andrade e os desembargadores do Trabalho Maria Adna Aguiar do Nascimento, Noberto Frerichs, Washington Gutemberg Pires Ribeiro, Esequias Pereira de Oliveira e Maria das Graças Oliva Boness estariam envolvidos em um possível esquema de venda de decisões judiciais e tráfico de influência.

“Há indícios de atuação de desembargadores integrantes da Quinta Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região que assediavam seus pares para obterem apoio às suas pretensões e de empresas representadas informalmente por seus parentes, em detrimento da ética, da imparcialidade, do direito e da legalidade das ações que devem pautar a conduta do magistrado”, destacou o ministro Martins.

A instauração do PAD contra os magistrados acontece com o afastamento preliminar de todos os envolvidos de suas atividades administrativas e judicantes. Para Humberto Martins, a medida visa garantir a regular instrução processual e também a preservação da “indispensável credibilidade do jurisdicionado em relação ao Poder Judiciário”.

Possíveis ilícitos

A reclamação disciplinar foi instaurada pela Corregedoria Nacional de Justiça em razão de ofício encaminhado pela Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho com o relato dos fatos que estavam em apuração perante o TRT5 e o pedido de avocação para que a conclusão das propostas de abertura de PAD, em trâmite no TRT5, passasse a ser realizada pela corregedoria nacional, com posterior julgamento pelo Plenário do CNJ. O pleito foi deferido pelo corregedor nacional.

Ao decidir sobre a abertura de PAD, o ministro Humberto Martins ressaltou que o magistrado Thiago de Andrade teve atuação indevida em processos que não lhe eram afetos, usurpando a competência dos juízes naturais das causas, praticando manobras destinadas a beneficiar partes e arrematantes, cancelando leilão, em prejuízo ao exequente e ao trâmite regular do processo, com inobservância de resoluções e do regimento interno do tribunal, com indícios de que a atuação visava beneficiar familiares seus e a terceiros, consistindo tais condutas em possíveis ilícitos não só administrativos, mas também com repercussão penal, justificando a instauração de PAD.

Com relação aos desembargadores componentes da Quinta Turma do TRT5, o corregedor nacional destacou que as condutas evidenciam a presença de indícios de desvios disciplinares em decisões relacionadas a processo da Faculdade de Ciência e Tecnologia – FTC; interferência na suspensão e redesignação de leilões; esquema de direcionamento de julgamentos; assédio a desembargadores para que votassem em favor de determinada parte, representada informalmente pelo irmão de um dos representados, em processo que tinha como parte a GlaxoSmithKline – GSK.

Divergência

O conselheiro Rubens Canuto abriu divergência no julgamento para pedir o desmembramento do processo apenas em relação à desembargadora Maria das Graças Oliva Boness. Ele citou decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que indeferiu o pedido de busca e apreensão em relação à desembargadora, no bojo da investigação policial que apura o suposto esquema de vendas de acórdãos no TRT5.

Canuto disse não ser favorável ao arquivamento da reclamação, mas que o desmembramento possibilitaria uma melhor apuração das imputações feitas contra a magistrada, devendo o pedido de abertura de processo disciplinar e de afastamento cautelar serem apreciados em processo separado.

O conselheiro Emmanoel Pereira acompanhou a divergência quanto ao desmembramento do processo.

Dúvida razoável

Ao proferir o seu voto, o conselheiro Luciano Frota reconheceu que a desembargadora Maria das Graças ficou excluída das medidas adotadas pelo STJ, em razão de o relator do processo, ministro Raul Araújo, considerar o fato de a magistrada ter sido citada apenas em um depoimento e que essa menção não justificaria a decretação de medida tão invasiva.

Luciano Frota, no entanto, destacou que as medidas adotadas no âmbito de inquéritos criminais se distinguem em relação à valoração probatória dos processos administrativos disciplinares. Também considerou que a decisão do ministro Raul Araújo em nenhum momento excluiu a possibilidade de participação da desembargadora no suposto  esquema  e que há  nos autos outras passagens e depoimentos de testemunhas a respeito de sua interferência em processos.

Luciano Frota ratificou a decisão do corregedor nacional. Segundo ele, “o Poder Judiciário não pode ficar sob a desconfiança da sociedade. Havendo dúvida razoável, fundada em indícios consistentes em relação à probidade de um magistrado, a medida cautelar de afastamento se impõe, seja para não comprometer a respeitabilidade da instituição, seja para preservar a confiança da sociedade na atividade judicial, seja, enfim, para dar segurança aos jurisdicionados”.

Todos os demais conselheiros também acompanharam o corregedor nacional de Justiça.

Corregedoria Nacional de Justiça


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TRT5 (BA),corregedoria nacional de justiça,processo administrativo disciplinar (PAD)

Plenário aprova relatório de inspeção realizada no TRF5

297ª Sessão Ordinária. FOTO: Luiz Silveira/Agência CNJ

297ª Sessão Ordinária. FOTO: Luiz Silveira/Agência CNJ

O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, na 297ª sessão ordinária desta terça-feira (24/9), o relatório de inspeção realizada pela Corregedoria Nacional de Justiça no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5). 

Os conselheiros aprovaram o relatório apresentado pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, que traz determinações e recomendações ao tribunal com o objetivo de melhorar a prestação jurisdicional dos serviços oferecidos pela Corte federal.

O trabalho de inspeção no TRF5 foi realizado no período de 19 a 22 de agosto. Entre as recomendações da corregedoria nacional, constam: a apresentação, no prazo de 30 dias, de cronograma do projeto de implantação do PJe; o desenvolvimento de ferramenta que viabilize a realização de julgamentos virtuais, no prazo 90 dias, e o desenvolvimento, em conjunto com o CNJ, para evolução do PJe Versão Nacional. 

A decisão foi unânime.

Corregedoria Nacional de Justiça 


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corregedoria nacional de justiça,TRF5 (AL, CE, PB, PE, RN, SE)

297ª Sessão Ordinária será retomada na tarde desta terça (24/9)

Sede do CNJ. FOTO: Gil Ferreira/Agência CNJ

Sede do CNJ. FOTO: Gil Ferreira/Agência CNJ

O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) retoma às 14h30 desta terça-feira (24/9) a 297ª Sessão Ordinária. A reunião começou de manhã, sob a presidência do ministro Luiz Fux, para julgamento da Reclamação Disciplinar 0010541-92.2018.2.00.0000. A análise da pauta com outros 12 itens ocorre na sede do órgão, em Brasília. Em quatro casos, os conselheiros que pediram vistas em processos poderão apresentar votos.

Um dos temas em pauta é a consulta para esclarecimentos a respeito das determinações judiciais para alterações nos Registros Eclesiásticos, utilizados em determinados casos como documentação pessoal. Também poderá ser analisado um recurso administrativo em procedimento de controle administrativo apresentado pelo Governo do Acre e uma reclamação para garantia das decisões sobre concurso público para outorga de delegações de notas e de registro do Estado de São Paulo.

Outro item pautado é o parecer de mérito sobre anteprojeto de lei referente à proposta orçamentária para 2020, que tem como requerentes o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), o Conselho da Justiça Federal (CJF), o Superior Tribunal Militar (STM), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Processos de revisão e de reclamação disciplinar, pedido de providências e processo administrativo disciplinar (PAD) também estão listados para julgamento.

Para ter acesso à pauta de julgamento, clique aqui. A pauta suplementar pode ser acessada aqui.

Os interessados também poderão acompanhar a sessão plenária, ao vivo, por meio da TV Plenário.

Agência CNJ de Notícias


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Sessão Ordinária

CNJ debate com tribunais nova política nacional de processo eletrônico

Reunião da Comissão de TI do CNJ. FOTO: Matheus Durães/Agência CNJ

Reunião da Comissão de TI do CNJ. FOTO: Matheus Durães/Agência CNJ

A Comissão Permanente de Tecnologia da Informação e Infraestrutura promoveu nesta segunda-feira (24/9) a primeira reunião da ação que visa ao aperfeiçoamento da política nacional de processo eletrônico, em cumprimento à determinação do Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Cerca de 70 representantes de tribunais do país, representando todos os segmentos do Poder Judiciário, puderam expor aos conselheiros integrantes da comissão suas avaliações sobre o rumo a ser seguido na informatização processual.

Por parte do CNJ, estiveram presentes os conselheiros Márcio Schiefler Fontes, presidente da comissão, Luciano Frota, Maria Tereza Uille Gomes, André Godinho e Maria Iracema Vale. O secretário geral, desembargador Carlos Vieira von Adamek, o juiz auxiliar da Corregedoria Nacional Adriano da Silva Araújo, e o diretor do Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação do Conselho Nacional de Justiça (DTI), Luiz Antônio Mendes Garcia.

O secretário geral do CNJ afirmou que o sistema único de processo eletrônico representa, mais do que uma política da gestão do ministro Dias Toffoli, mas uma política aprovada de há muito pelo Plenário do Conselho e reafirmada pelo Tribunal de Contas da União ao analisar a questão.

Segundo Schiefler, “é necessário abrir um novo tempo na relação entre CNJ e tribunais, que propicie diálogo e compromissos mútuos”. Ao final dos trabalhos, entre outros encaminhamentos, a comissão deliberou, como próxima etapa do trabalho de revisão da política, intimar os tribunais para que apresentem manifestação escrita sobre o tema. Também serão ouvidos representantes do Ministério Público, das Defensorias e da Ordem dos Advogados do Brasil.

Agência CNJ de Notícias


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Comissão Permanente de Tecnologia da Informação e Infraestrutura,tecnologia e modernização ,Processo eletrônico

Boas práticas do Judiciário na proteção à infância são destacadas em seminário

Manaus, 20/09/2019. Segundo dia do Seminário do Pacto Nacional Pela Primeira Infância, no  Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). O Amazonas também recebeu a assinatura do Pacto Nacional Pela Primeira Infância por 27 instituições .Foto: Chico Batata

Manaus, 20/09/2019. Segundo dia do Seminário do Pacto Nacional Pela Primeira Infância, no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). O Amazonas também recebeu a assinatura do Pacto Nacional Pela Primeira Infância por 27 instituições .Foto: Chico Batata

Concluído nesta sexta-feira (20/9), em Manaus, o “Seminário do Pacto Nacional pela Primeira Infância – Região Norte”, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNA), abriu espaço para a apresentação de boas práticas desenvolvidas pelo Poder Judiciário em prol do desenvolvimento e bem-estar de crianças e adolescentes.

Entre as ações, esteve o projeto “Encontrar Alguém” por meio do qual o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), em iniciativa da Coordenadoria da Infância e Juventude (COIJ), está contribuindo para facilitar a adoção de crianças e adolescentes tidos como de difícil recolocação em famílias substitutas, como é o caso de crianças com idade avançada e grupos de irmãos.

A coordenadora da Infância e Juventude do Amazonas, juíza Rebeca de Mendonça Lima, apresentou o projeto e citou o impacto social da iniciativa, que, segundo ela, após a devida aprovação do Pleno do TJAM “divulga, de forma responsável e padronizada, imagens e informações sobre crianças e adolescentes inseridos no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA)”.

Após o trabalho técnico de filmagem e de fotografia das crianças e adolescentes que vivem em instituições de acolhimento, mediante o prévio consentimento destes, vídeos de curta duração – contando suas histórias – são divulgados em cinemas, teatros (antes de apresentações de filmes, peças etc.) e em outros canais de divulgação.

O seminário foi realizado pelo CNJ nesta quinta e sexta-feira (19 e 20/9) e contou como apoiadores o TJAM, a Coordenadoria da Infância e da Juventude (COIJ/TJAM) e a Escola Superior de Magistratura do Amazonas (Esmam).

Leia mais: Representantes do Executivo destacam ações a favor da primeira infância

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A iniciativa amazonense, conforme a juíza Rebeca de Mendonça Lima, está tendo resultado satisfatório. “O projeto foi lançado há pouco mais de um ano, e, dos 35 jovens participantes, quase a metade já está em processo de convivência/interação com famílias pretendentes a substitutas. Para nós do Judiciário, isso é motivo de muito entusiasmo, pois essas crianças e adolescentes, dificilmente seriam futuramente adotadas”, apontou a magistrada.

Ao destacar o impacto social do programa, a juíza Rebeca de Mendonça Lima informou, ainda, que os vídeos produzidos e divulgados chamaram a atenção de pessoas que residem fora do Amazonas e, inclusive, em outros países, e os processos de adoção vêm sendo intermediados pelo Judiciário Estadual. “Esse é o projeto de busca ativa do TJAM e acredito que o primeiro da Região Norte que foi autorizado por resolução. Divulgamos, com muita responsabilidade, as imagens e histórias de vida de crianças e adolescentes que desejam ser reinseridos em uma família”, concluiu.

Atenção a imigrantes

Outra boa prática desenvolvida pelo Judiciário é o projeto “Ação Integrada para Regularização da Situação Migratória e Documental de Crianças e Adolescentes Venezuelanos em Território Roraimense”. A iniciativa vem sendo desenvolvida pelo Tribunal de Justiça de Roraima. A prática foi apresentada pelo juiz Parima Dias Veras.

Conforme o magistrado, o trabalho, que tem a parceria da Polícia Federal, Exército Brasileiro, Conselhos Tutelares, Defensoria Pública e instituições acolhedoras, foi viabilizado em razão do elevado índice de venezuelanos que chegam, diariamente, ao estado de Roraima.

O projeto, de acordo com o juiz, busca intermediar a emissão de documentos, sobretudo às crianças, de modo que elas, de porte da devida documentação pessoal, possam ter acesso a escolas, hospitais, programas de apoio a imigrantes. Ao favorecer a inserção dos pequenos nos programas de apoio, a Ação Integrada, de forma mais ampla, também contribui, segundo o juiz Parima Veras, com a redução da incidência de trabalho infantil, de abuso, exploração e violência sexual.

O mesmo painel, que encerrou os trabalhos do seminário na manhã desta sexta-feira (20/9) também apresentou o projeto “Justiça Restaurativa: Formação de redes de atuação multidisciplinar para a redução da vulnerabilidade e risco na primeira infância”, de autoria da juíza Josineide Gadelha (do Tribunal de Justiça do Pará); “Programa de Ações Multissetoriais para o Enfrentamento à Violência Sexual contra crianças e adolescentes na região do Marajó”, coordenado pela promotora de Justiça do Ministério Público do Estado do Pará, Leane Barros; “Projeto Declare seu Amor”, divulgado pela juíza Ana Valéria Zimparro (do Tribunal de Justiça de Rondônia) e “Financiamento de Projetos da Primeira Infância”, apresentado pelo assessor da Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Amapá, Ladilson Costa.

O referido painel teve como moderador o presidente do Colégio de Coordenadores da Infância e da Juventude dos Tribunais de Justiça do Brasil e juiz do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Sérgio Luiz Ribeiro de Souza.

Assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça do Amazonas

 


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TJAM,Pacto Nacional pela Primeira Infância

CNJ realiza 297ª Sessão Ordinária na manhã desta terça (24/9)

Sede do CNJ. FOTO: Gil Ferreira/Agência CNJ

Sede do CNJ. FOTO: Gil Ferreira/Agência CNJ

O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) se reúne na manhã desta terça-feira (24/9) para a realização da 297ª Sessão Ordinária. A análise da pauta de 13 itens ocorre na sede do órgão, em Brasília. Em quatro casos, os conselheiros que pediram vistas em processos poderão apresentar votos.

Um dos temas em pauta é a consulta para esclarecimentos a respeito das determinações judiciais para alterações nos Registros Eclesiásticos, utilizados em determinados casos como documentação pessoal. Também poderá ser analisado um recurso administrativo em procedimento de controle administrativo apresentado pelo Governo do Acre e uma reclamação para garantia das decisões sobre concurso público para outorga de delegações de notas e de registro do Estado de São Paulo.

Outro item pautado é o parecer de mérito sobre anteprojeto de lei referente à proposta orçamentária para 2020, que tem como requerentes o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), o Conselho da Justiça Federal (CJF), o Superior Tribunal Militar (STM), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Processos de revisão e de reclamação disciplinar, pedido de providências e processo administrativo disciplinar (PAD) também estão listados para julgamento.

Para ter acesso à pauta de julgamento, clique aqui. A pauta suplementar pode ser acessada aqui.

Os interessados também poderão acompanhar a sessão plenária, ao vivo, por meio da TV Plenário.

Agência CNJ de Notícias


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Sessão Ordinária

CNJ debate com tribunais nova política nacional de processo eletrônico

Reunião da Comissão de TI do CNJ. FOTO: Matheus Durães/Agência CNJ

Reunião da Comissão de TI do CNJ. FOTO: Matheus Durães/Agência CNJ

A Comissão Permanente de Tecnologia da Informação e Infraestrutura promoveu nesta segunda-feira (24/9) a primeira reunião da ação que visa ao aperfeiçoamento da política nacional de processo eletrônico, eu cumprimento à determinação do Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Cerca de 70 representantes de tribunais do país, representando todos os segmentos do Poder Judiciário, puderam expor aos conselheiros integrantes da comissão suas avaliações sobre o rumo a ser seguido na informatização processual.

Por parte do CNJ, estiveram presentes os conselheiros Márcio Schiefler Fontes, presidente da comissão, Luciano Frota, Maria Tereza Uille Gomes, André Godinho e Maria Iracema Vale. O secretário geral, desembargador Carlos Vieira von Adamek, o juiz auxiliar da Corregedoria Nacional Adriano da Silva Araújo, e o diretor do Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação do Conselho Nacional de Justiça (DTI), Luiz Antônio Mendes Garcia.

O secretário geral do CNJ afirmou que o sistema único de processo eletrônico representa, mais do que uma política da gestão do ministro Dias Toffoli, mas uma política aprovada de há muito pelo Plenário do Conselho e reafirmada pelo Tribunal de Contas da União ao analisar a questão.

Segundo Schiefler, “é necessário abrir um novo tempo na relação entre CNJ e tribunais, que propicie diálogo e compromissos mútuos”. Ao final dos trabalhos, entre outros encaminhamentos, a comissão deliberou, como próxima etapa do trabalho de revisão da política, intimar os tribunais para que apresentem manifestação escrita sobre o tema. Também serão ouvidos representantes do Ministério Público, das Defensorias e da Ordem dos Advogados do Brasil.

Agência CNJ de Notícias


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Comissão Permanente de Tecnologia da Informação e Infraestrutura,Processo eletrônico,tecnologia e modernização

Primeira infância: especialistas debatem diversidade cultural do Norte do país

Manaus, 19/09/2019. O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) sediou a assinatura do Pacto Nacional Pela Primeira Infância por 27 instituições. A assinatura marcou a abertura do Seminário Região Norte do Pacto Nacional Pela Primeira Infância..Foto: Chico Batata

Manaus, 19/09/2019. O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) sediou a assinatura do Pacto Nacional Pela Primeira Infância por 27 instituições. A assinatura marcou a abertura do Seminário Região Norte do Pacto Nacional Pela Primeira Infância..Foto: Chico Batata

“As diferentes infâncias, suas famílias e comunidade”: esse foi o tema do painel de debates que marcou a programação da parte da tarde no primeiro dia do “Seminário do  Pacto pela Primeira Infância – Região Norte”. O evento, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e sediado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), ocorreu nesta quinta e sexta-feira (19 e 20/9).

Participaram como moderadores do debate o desembargador João Guilherme Lages Mendes, presidente do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) e a deputada Federal Aline Gurgel, coordenadora da Região Norte da Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância.

A primeira palestrante foi a coordenadora do Território da Amazônia – Unicef, Anyoli Sanabria, que tratou do cenário das diferentes infâncias no Brasil: avanços e desafios “De acordo com os nossos indicadores, analisando a primeira infância, a gente constatou que, na zona Norte do Brasil, o que chamamos de Amazônia Legal brasileira, temos indicadores mais negativos em comparação com o restante do país. Porque há regiões que estão muito melhor, então, temos de pensar que as políticas públicas não estão dando certo nessa região do país”afirmou.

Anyoli destacou ainda que é preciso considerar que as crianças do Norte brasileiro moram em contextos diferentes, diversidades culturais. “Temos essa condição de afastamento dessas comunidades, que impede seu acesso a serviços de qualidade, portanto, temos que inovar, pensar em soluções diferentes”, explicou.

O presidente do TJAP falou sobre a necessidade da sociedade e do poder público se mobilizarem na proteção das crianças. “Nessa abertura já percebemos que existem problemas na primeira infância que atingem a todos os estados da Região Norte e verificamos que são soluções que devem ser tomadas e enfrentadas em conjunto, com a criação da rede de proteção e com leis adequadas”, disse o magistrado.

O desembargador falou ainda da Agenda 2030 da ONU. “Vejo este seminário como um diálogo com os objetivos de desenvolvimento sustentáveis que compõem essa agenda que também dialoga, aqui, com o Brasil por meio do CNJ. Então, a pergunta que fica por meio deste Pacto é: o que temos que fazer para atender às metas da agenda 2030? Temos 10 anos, mas passa rápido, porém sem dúvida, sairemos daqui motivados para fazer um trabalho primoroso.”

Comunidades tradicionais

Outro tema abordado foi a “Interculturalidade e a primeira infância: perspectivas para o atendimento e participação de povos e comunidades tradicionais da Amazônia”, que teve como palestrante o professor da Faculdade de Etnodiversidade da Universidade Federal do Pará Assis Oliveira. “A ideia de pensar a primeira infância já parte do pressuposto de que esses grupos podem ter outra compreensão. A nossa base cultural ocidental não é a mesma de indígenas, quilombolas, eles possuem outros modos culturais de conceberem seu modo de vida, e precisamos respeitar, fazendo uma união do que trata o Estatuto da Criança e do Adolescente, mas respeitando essa diversidade”, enfatizou o professor.

A programação foi encerrada com o segundo painel, intitulado “A interface entre o Sistema de Justiça e as políticas de Assistência Social , Educação, Saúde, Cultura e Direitos Humanos na proteção às crianças na Primeira Infância”. A moderadora das discussões foi a promotora de Justiça do Ministério Público do Amazonas Vânia Maria Marinho. “Todas as iniciativas que visam garantir o que o Estatuto da Criança e do Adolescente determina se insere nesses cuidados que devemos ter com a primeira infância, porque a educação não se restringe à formal”, disse a promotora.

Entre os temas abordados no painel estavam: “A proteção às crianças na primeira infância em situação de pobreza, vulnerabilidade e risco social”, “Políticas de Justiça na primeira infância e pacto pela implementação da Lei 13.431/2017”, “Depoimento Especial e Escuta Especializada”, “Políticas Públicas de Educação Infantil e Articulação das Políticas de Saúde para a nutrição e cuidado integral na Primeira Infância”.

Assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça do Amazonas


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Infância e Juventude,Pacto Nacional pela Primeira Infância

Advogados são essenciais à administração da justiça, diz corregedor nacional

O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, encerrou, no final da tarde desta sexta-feira (20/9), o I Congresso de Direito Econômico, Financeiro e Tributário, promovido pelo Centro Universitário Uninovafapi, em Teresina. Na oportunidade, o ministro falou sobre a missão do advogado, junto ao Poder Judiciário, como instrumento da cidadania.

 

Martins destacou, em suas palavras, que o advogado é o primeiro juiz de qualquer causa que assuma, uma vez que o debate sobre a Justiça começa com a criação – dialogada – da tese do cliente perante os tribunais. Para isso, continuou o ministro, há que haver criatividade, confiança e diálogo.

 

“Tal imaginação é que permite a potencial criação de um mundo melhor, no qual haja mais Justiça e bem-estar para a maior quantidade possível de pessoas. Olhar e conhecer a realidade de forma cética e realista nunca deve ser uma escusa para deixar de lutar para que o mundo melhore e para que a Justiça seja um valor inarredável”, afirmou o corregedor nacional.

Importância da advocacia

O ministro ressaltou também que a Constituição Federal de 1988 foi inovadora ao prever que o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei, conforme o artigo 133 do texto constitucional. Segundo Martins, foi apenas com a Carta da Cidadania que foi reconhecida, entre as normas jurídicas pátrias de maior hierarquia, a importância da advocacia para o funcionamento da Justiça. 

 

“O advogado é indispensável à administração da justiça. O verbo administrar, utilizado no artigo 133, pode ser entendido em vários sentidos. O primeiro deles é gerir, gerenciar ou governar. O segundo, deriva de uma expressão que é clássica, qual seja, administrar a justiça, que significa aplicar, atribuir ou outorgar a justiça”, frisou o corregedor nacional.

Concretização dos significados

Humberto Martins continuou suas palavras afirmando que o primeiro significado – gerir o Poder Judiciário – encontra a sua concretização direta na participação dos egressos da classe dos advogados como magistrados atuantes na segunda instância, nos tribunais superiores e no Supremo Tribunal Federal. 

 

A sua concretização indireta, de acordo com o ministro, deriva do fato de que os advogados atuam como conselheiros tanto no Conselho Nacional de Justiça, quanto no Conselho Nacional do Ministério Público. “Além disso, os advogados, por meio da Ordem dos Advogados do Brasil, são atuantes ao demandar estrutura e dignidade aos espaços e condições de funcionamento do Poder Judiciário”, disse o corregedor.

Senso de justiça

Já o segundo significado, segundo Martins, é mais diáfano. “A administração da justiça não se resume apenas à entrega da prestação jurisdicional. Há outros parâmetros, até porque a prestação jurisdicional pode ser entregue com uma demora inaceitável. Assim, a administração da justiça exige o saciar de outros valores”, afirmou o ministro corregedor.

 

Por último, Humberto Martins salientou que as prerrogativas constitucionais não são privilégios, bem ao contrário, elas são garantias necessárias para que os advogados possam atuar de forma livre, nos limites da lei, sendo, assim, protagonistas da criação de concretização da Justiça, enquanto valor social.

 

Corregedoria Nacional de Justiça


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corregedoria nacional de justiça

Boas práticas do Judiciário na proteção à infância são destacadas em seminário

Manaus, 20/09/2019. Segundo dia do Seminário do Pacto Nacional Pela Primeira Infância, no  Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). O Amazonas também recebeu a assinatura do Pacto Nacional Pela Primeira Infância por 27 instituições .Foto: Chico Batata

Manaus, 20/09/2019. Segundo dia do Seminário do Pacto Nacional Pela Primeira Infância, no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). O Amazonas também recebeu a assinatura do Pacto Nacional Pela Primeira Infância por 27 instituições .Foto: Chico Batata

Concluído nesta sexta-feira (20/9), em Manaus, o “Seminário do Pacto Nacional pela Primeira Infância – Região Norte”, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNA), abriu espaço para a apresentação de boas práticas desenvolvidas pelo Poder Judiciário em prol do desenvolvimento e bem-estar de crianças e adolescentes.

Entre as ações, esteve o projeto “Encontrar Alguém” por meio do qual o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), em iniciativa da Coordenadoria da Infância e Juventude (COIJ), está contribuindo para facilitar a adoção de crianças e adolescentes tidos como de difícil recolocação em famílias substitutas, como é o caso de crianças com idade avançada e grupos de irmãos.

A coordenadora da Infância e Juventude do Amazonas, juíza Rebeca de Mendonça Lima, apresentou o projeto e citou o impacto social da iniciativa, que, segundo ela, após a devida aprovação do Pleno do TJAM “divulga, de forma responsável e padronizada, imagens e informações sobre crianças e adolescentes inseridos no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA)”.

Após o trabalho técnico de filmagem e de fotografia das crianças e adolescentes que vivem em instituições de acolhimento, mediante o prévio consentimento destes, vídeos de curta duração – contando suas histórias – são divulgados em cinemas, teatros (antes de apresentações de filmes, peças etc.) e em outros canais de divulgação.

O seminário foi realizado pelo CNJ nesta quinta e sexta-feira (19 e 20/9) e contou como apoiadores o TJAM, a Coordenadoria da Infância e da Juventude (COIJ/TJAM) e a Escola Superior de Magistratura do Amazonas (Esmam).

A iniciativa amazonense, conforme a juíza Rebeca de Mendonça Lima, está tendo resultado satisfatório. “O projeto foi lançado há pouco mais de um ano, e, dos 35 jovens participantes, quase a metade já está em processo de convivência/interação com famílias pretendentes a substitutas. Para nós do Judiciário, isso é motivo de muito entusiasmo, pois essas crianças e adolescentes, dificilmente seriam futuramente adotadas”, apontou a magistrada.

Ao destacar o impacto social do programa, a juíza Rebeca de Mendonça Lima informou, ainda, que os vídeos produzidos e divulgados chamaram a atenção de pessoas que residem fora do Amazonas e, inclusive, em outros países, e os processos de adoção vêm sendo intermediados pelo Judiciário Estadual. “Esse é o projeto de busca ativa do TJAM e acredito que o primeiro da Região Norte que foi autorizado por resolução. Divulgamos, com muita responsabilidade, as imagens e histórias de vida de crianças e adolescentes que desejam ser reinseridos em uma família”, concluiu.

Atenção a imigrantes

Outra boa prática desenvolvida pelo Judiciário é o projeto “Ação Integrada para Regularização da Situação Migratória e Documental de Crianças e Adolescentes Venezuelanos em Território Roraimense”. A iniciativa vem sendo desenvolvida pelo Tribunal de Justiça de Roraima. A prática foi apresentada pelo juiz Parima Dias Veras.

Conforme o magistrado, o trabalho, que tem a parceria da Polícia Federal, Exército Brasileiro, Conselhos Tutelares, Defensoria Pública e instituições acolhedoras, foi viabilizado em razão do elevado índice de venezuelanos que chegam, diariamente, ao estado de Roraima.

O projeto, de acordo com o juiz, busca intermediar a emissão de documentos, sobretudo às crianças, de modo que elas, de porte da devida documentação pessoal, possam ter acesso a escolas, hospitais, programas de apoio a imigrantes. Ao favorecer a inserção dos pequenos nos programas de apoio, a Ação Integrada, de forma mais ampla, também contribui, segundo o juiz Parima Veras, com a redução da incidência de trabalho infantil, de abuso, exploração e violência sexual.

O mesmo painel, que encerrou os trabalhos do seminário na manhã desta sexta-feira (20/9) também apresentou o projeto “Justiça Restaurativa: Formação de redes de atuação multidisciplinar para a redução da vulnerabilidade e risco na primeira infância”, de autoria da juíza Josineide Gadelha (do Tribunal de Justiça do Pará); “Programa de Ações Multissetoriais para o Enfrentamento à Violência Sexual contra crianças e adolescentes na região do Marajó”, coordenado pela promotora de Justiça do Ministério Público do Estado do Pará, Leane Barros; “Projeto Declare seu Amor”, divulgado pela juíza Ana Valéria Zimparro (do Tribunal de Justiça de Rondônia) e “Financiamento de Projetos da Primeira Infância”, apresentado pelo assessor da Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Amapá, Ladilson Costa.

O referido painel teve como moderador o presidente do Colégio de Coordenadores da Infância e da Juventude dos Tribunais de Justiça do Brasil e juiz do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Sérgio Luiz Ribeiro de Souza.

Assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça do Amazonas

 


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TJAM,Pacto Nacional pela Primeira Infância